( A Revolução da Desprogramação Religiosa ) Parte I
Um dia alguém compôs uma música que abordava um tema muito forte para os jovens da época, a letra fala sutilmente sobre a influência e o controle que a mídia sob a tutela da politicagem do país naquele tempo exercia sobre a juventude, lembre alguns trechos:
“Quando nascemos fomos programados
A receber o que vocês nos empurraram
Com os enlatados dos USA, de 9 as 6.
Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial...
Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião...
Depois de vinte anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do jogo sujo
Não é assim que tem que ser?
Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então, vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com “as suas leis.”
Essa idéia do indivíduo programado para só fazer o que lhe foi cuidadosamente ou descuidadamente instalado em seu cérebro é citada de forma crítica para atrair a atenção dos jovens para uma insurreição contra tudo que fosse americanizado, de programas de TV a literatura, no entanto eu não quero entrar no mérito anti-Yanque, antes meu assunto é bem outro, mas com tudo haver com o que foi acima posto.
A questão da programação é bem fácil de entender, quando a encaramos com o seu nome mais conhecido, a famosa Lavagem Cerebral, que outra coisa não é senão uma limpeza da mente para o armazenamento de outras informações, em sua maioria, informações essas tendenciosas, sectárias e partidaristas. Fazendo do indivíduo como ser, um controlado, condicionado a pensar como reza a cartilha da programação.
O “ser programado” lembrou-me um clássico do cinema dos U.S.A
O Robocop (o Robô policial – no vernáculo) quem não lembra? É da mesma época da música acima, e é ele próprio um enlatado norte-americano, só que nesse caso para mim, recordar robocop, me veio a mente outra música, contemporânea da primeira, que tem a seguinte frase: “Um dia me disseram que as nuvens não eram feitas de algodão, SEM QUERER ELES ME DERAM AS CHAVES QUE ABREM ESSA PRISÃO”.
Daí pensando e repensando vamos começar pelo Robocop, Ele era um “cyborg”, ou seja, metade máquina metade homem, um computador e um cérebro, uma bateria e um coração, óleo diesel e sangue... um ser cibernético. Nessa criação, seus conjuntos de leis penais e cíveis, morais e éticas, conflitavam, em suas duas “naturezas”, pois, uma interferia na outra, causando lhe as vezes até pane.
Quando seus sentimentos falavam mais alto que sua programação, ele agia como humano, o oposto disso era ação do programa da “OCP”.
AOS NASCIDOS EM CRISTO
Nascidos do Espírito, educados pela carne e programados pelo sistema que jaz no maligno, essa é minha concepção de alguns “cristãos” de hoje, pois, é bem verdade que um sem número de “cristãos”, estão por fim, agora percebendo que: “as nuvens não são feitas de algodão.” Que o seu nascer do espírito foi divinal, que sua educação “cristã” foi em boa parte carnal (meramente humana) e que de fato ele é hoje alguém que quer as chaves para abrir de vez essa prisão.
Talvez se você for um pouco sincero consigo mesmo, você dirá como eu uma vez disse: “eu não passo de um ser programado para pensar, falar e agir somente aquilo que o sistema religioso no qual eu estou inserido me instalou na mente.” Sendo assim eu fui liberto em Cristo, mas me fizeram escravo de um sistema, de regras e condutas, de dogmas e tradições, de deveres e imposições, que me infantilizam e me impedem de crescer, e de ser adulto em Cristo, tornando-me dia após dia um engolidor de lixo religioso, um vassalo da religação.
Hoje vejo pessoas e mais pessoas tendo verdadeiras panes, conflitos de idéias e existenciais, neuras e manias, taras e psicopatologias e tudo isso por quê? Porque da teoria a prática há um abismo no cristianismo, e os programas que nos instalaram com o os códigos de NÃO USE ISSO, NÃO FAÇA ISTO, NÃO TOQUE NISSO, NÃO FALE AQUILO, NÃO PENSE ASSIM, NÃO HAJA DESTE JEITO... NÃO, NÃO, NÃO... Esquenta o “HD” da Fé, queima a placa mãe do senso comum e termina por corromper programa por programa, porque tanto o sim como o não na religião nos conduz a uma questão: a do porque sim para isso e não para aquilo.
Isso para os que ainda estão livres para o auto-questionamento e libertos para arguir o próprio Deus.
Quando escutamos algo do tipo crente não faz isso. Como agimos?
Coramos de vergonha; Condenamos-nos por aquilo; paramos e pensamos nas suas implicações ou saltamos com um jargão tipicamente evangelicalista “tudo posso naquele que me fortalece.”
E quando ouvimos a frase:
Ah! Agora sim, ta parecendo com um crente de verdade, como se reage?
Com uma alegria tremenda pelo reconhecimento vital; com certa desconfiança; com uma sacada do tipo “que é isso irmão a bata não faz o monge” ou com uma intrigante dúvida que diz: eu sou isso mesmo?
Bem, as duas frases independentes da resposta são frases programadoras, são cruentas sutilezas que codificam indivíduos para um comportamento “robótico”, só que um robô religioso, e identificar frases deste tipo é fácil, agora, perceber o quanto elas escravizam é que é difícil.
Quantos ainda hoje se “benzem” diante de imagens ou quando passam em frente a cemitérios?
Quantos ainda acreditam que comer manga e depois beber leite faz mal?
Quantos ainda crêem ser pecado mulher vestir calça e homem usar “short”? Tudo isso faz parte de programas de infantilização.
O primeiro é uma “catolicise”, o segundo é uma crendice popular e o terceiro é uma “evangeliquice”. Tudo isso é obscurecimento e impedimento a verdade e é o básico das programações.
Bem quero com tudo isso dizer que:
a) A revolução da desprogramação continua, Cristo X Sistema Religioso;
b) A libertação dos cativos e a liberdade dos presos, (cativos da própria ignorância e presos das programações) é urgente.
c) Se você se sente de alguma forma um crente que vive de “DECOREBAÇÃO DE PREGAÇÃO ALHEIA E DE LOUVAÇÃO DE CANÇÕES MERCADOLOGICAS.” Se você vive ou sobrevive somente de migalhas a que caem por distração da mesa do senhor feudal tradicionalista, fundamentalista e legalista que te orienta e sem ninguém te dizer nada, você pensa que está tudo contrário ao evangelho e o Cristo nele apresentado.
Não fique só, saiba: ainda existem os que não se dobraram a Grande Dama do engano.
Venha pensar, falar e agir conosco em comunhão com Cristo, SE É QUE VOCÊ AINDA PODE PROVAR DE TUDO E RETER O BEM! Ts 5:21
Para reflexão:
“ Somente quando Cristo falar em vós, vós verdadeiramente aprendereis o ser cristão, pois, enquanto a voz dos outros e a sua própria falar vós só sereis evangélicos, católicos, espíritas, Testemunhas de Jeová, mórmon, ou qualquer outra coisa, exceto cristão.”
Will Soul
Para ler e criticar.
Durante décadas “aceitar jesus”, só implica em uma abertura para uma programação religiosa piegas e não uma confissão crédula do próprio Jesus.
Há Tempos e agora Batismo e Ceia não passam de rituais de passagem para uma busca louca de engajamento e “status” eclesial.
Os Dons ou Carismas, deixaram de ser sobrenaturais para serem naturais, pois, os pentecostais, Neo-pentecostais e carismáticos desenvolveram um 10º dom, que é o de transformar ou de fazer comum e imundo o que Deus consagrou.
O ensino das santas escrituras é desprezado, quando não é reciclado e misturado a um programa de fazer fanáticos ou “analfabíblicos”, fazendo assim imperar um conjunto mortal de dogmatismos, tradicionalismos, legalismos, “experiêncialismos” ou fariseísmo moderno.
Toda tentativa, inclusive essa de levantar a voz contra tudo isso que aí está é colocar-se em oposição a “deus e a igreja” (os radicais chamam de rebelião), Tornando-se um herege pós-moderno, que súplica a Deus perdão para o algoz que traz a tocha da censura em sua mão para acender a fogueira da exclusão e da isolação, a mesma mão da famosa “paz do senhor”, que não passa hoje de uma mera frase de efeito sem efeito, pois, quase sempre provém de indivíduos belicosos que atendem pela alcunha de “irmão”.
Evitar, inibir e proibir o diálogo é tirânico e anti-cristão e nunca foi pastoral.
Pense, fale e tenha procedimento.
Faber RodriX